Doenças

Esca - Sindroma da Esca

A esca é uma importante doença do lenho que é atribuída a um conjunto de fungos parasitários (Phaeomoniella chlamydospora, Phaeoacremonium aleophilum, Phaeoacremonium inflatipes e outras espécies do género Phaeoacremonium, Eutypa lata, Botryosphaeria spp., e os basidiomicetas Fomitioporia spp. e Stereum hirsutum.); consideram-se uns 'precursores da esca' que destroem a lenhina dos tecidos mortos, e outros, propriamente ditos 'fungos da esca' que então destroem as celuloses, hemiceluloses e libertam compostos fenólicos. Os primeiros são os responsáveis por uma necrose escura e dura com pontuações apreciadas em corte transversal do tronco (e que em corte longitudinal correspondem a feixes negros), enquanto os segundos, pela necrose clara e mole.

Há duas formas de esca, a lenta que vai destruindo a cepa gradualmente - podendo haver recuperação por corte até ao lenho são -  e a apoplética que em poucos dias seca a vegetação.

Os sintomas são distintos; assim, na forma lenta, as folhas por falta de circulação e na presença das toxinas libertadas pelos fungos, apresentam manchas amarelas e depois necrosadas nas margens, e entre as nervuras, manchas de cor amarelada ou vermelhas consoante são castas brancas ou tintas, podendo estes sintomas confundirem-se com os da cigarrinha verde; os bagos ganham pontuações e necroses arroxeadas.

Na apoplexia, as folhas das extremidades ganham uma tonalidade verde acinzentada secando posteriormente; estes sintomas, por sua vez, confundem-se com os da podridão radicular.

A contaminação como se dá por dispersão aérea do fungo, é típica de videiras idosas com grandes feridas de poda, sendo o desenvolvimento do micélio favorecido por chuva intensa e temperaturas elevadas. Ultimamente também têm ocorrido em videiras jovens com 1 e 3 anos de enxertia.

Como meios de luta cultural apontam-se: uso de material são; podas pouco severas; podar com tempo seco e sem vento; queimar a lenha de poda com mais de dois anos; não deixar muito tempo a lenha de poda por queimar e podar as videiras infetadas no fim com desinfeção de tesouras (lexívia ou álcool) e feridas de poda (fungicida à base de carbendazime + flusilasol).

Na região são-lhe particularmente sensíveis as castas brancas Alvarinho e Avesso.

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